EDITORIAL DA FOLHA
Parecem não ter fim os problemas envolvendo a gestão da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Desde o abrupto fechamento do pronto-socorro do hospital por 30 horas, em julho, foram instaladas auditorias que revelaram desvios em todas as frentes escrutinadas.
A mais recente trouxe detalhes sobre a saúde financeira da secular instituição. Fosse o diagnóstico de um paciente, ele certamente seria encaminhado à UTI.
Descobriu-se que a dívida da Santa Casa aproxima-se de R$ 800 milhões, quase o dobro do que sua direção havia divulgado em setembro. Apenas esse desconhecimento em relação ao tamanho do débito já seria suficiente para indicar graves problemas administrativos e levantar suspeitas sobre fraudes, como desconfia o Ministério Público.
Para piorar, o aumento do saldo devedor da entidade é inversamente proporcional ao do seu patrimônio líquido (soma de bens e valores da instituição, descontadas as dívidas e desconsiderados os imóveis). De…
Ver o post original 228 mais palavras